O mercado do luxo ganha cada vez mais espaço no cenário mundial, porém este ainda é um conceito que costuma ser confundido com o de premium, apesar de serem completamente distintos. No Brasil, especificamente, é comum empresas criarem marcas com produto de certa qualidade e preços altos entitulando-se de luxo, o que depende de cada caso: da qualidade, da distribuição, da acessibilidade (ou inacessibilidade).

Marcas de luxo têm história, tradição, exclusividade. São produtos feitos em edição limitada ou muitas vezes feitos sob medida para cada cliente, sempre mantendo os valores do criador-fundador da marca. O luxo é destinado a poucos, enquanto o premium tem como objetivo estar presente no mercado de consumo em massa. Um produto premium em geral possui qualidade superior em relação a um produto comum, porém é produzido em grande escala e considerado acessível. Não tem o apelo emocional que o luxo envolve em seus produtos e serviços desejados por consumidores ao redor do mundo.

luxo e premium diferenças

Apesar de conceitos distintos, muitas marcas de luxo expandem sua produção e possuem também produtos premium ou sub-marcas com produtos premium principalmente porque com a concorrência acirrada e a globalização, um dos maiores desafios para essas empresas é manter seu crescimento.

A expansão da marca para outras classes tem sido uma estratégia bastante adotada, criando novos produtos: perfumes Chanel, camisetas e chaveiros Ferrari, ou casos como Armani, que têm diversas marcas em seu guarda-chuva, como a acessível Armani Exchange, com produtos de qualidade superior, porém com política de preço e distribuição menos seletivas que no caso do Emporio Armani, Armani Collezioni ou Giorgio Armani.

Não se engane: o luxo é ainda é raro, exclusivo, tentador, instiga o desejo. Ele inspira e encanta…

Artigo publicado no Blog do Milton Jung (Rádio CBN)